quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Tu tens a chave para abrir a tua barriga, não é mamã?

"Mamã, tens um bebé na barriga?"
"Tenho, Mariana."
...
"Eu achava que tinhas um bebé, mas tens é comida na barriga mamã, não é um bebé!"
"Não, Mariana, tenho comida sim mas também tenho um bebé muito pequenino..."
"Ele não pode crescer se não vai estragar a tua barriga, não é?"
"Não... Quando ele crescer muito, ele vai sair da barriga. Por agora está lá dentro protegido, só a crescer."
"Ah! Já percebi. Tu tens a chave para abrir a tua barriga, não é mamã?"

Here we go again. <3 

terça-feira, 12 de maio de 2015

Enjoy today mama. It will be over before you know it.

Este é um dos blogues que eu mais gosto de ler.
Gosto, porque idealizo uma vida assim, simples, mas de coração cheio. Especialmente este post deixou-me, mais uma vez, a pensar nesta corrida a que chamamos vida.

Trabalho, casa, fins-de-semana que passam a correr e de volta ao início. Este ciclo vicioso que nos leva os anos e deixa saudades.

"É a vida", dizem muitos. E é mesmo. Porquê? Porque é que a vida tem que ser assim? Porque é que o trabalho deve vir em primeiro, se daqui a muitos anos, quando formos velhinhos e nos relembrarmos dos anos passados, não nos virão à cabeça o projecto X ou Y, ou o que fiz naquele dia e noutro de trabalho (a menos que salvemos o mundo!). Mas "é a vida" e vamos levando as coisas assim, com a barriga.

Nunca me vi como uma stay@home mum. E ainda não me vejo. Mas também não compreendo porque tenho que ficar aqui. Fechada em 4 paredes, a passar os melhores anos da minha vida com pessoas de quem, provavelmente não me vou lembrar no futuro.

Eu também quero domingos todos os dias. 





Isto tem que mudar.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Viagens e ela


 
Fechando os olhos e relembrando aqueles dias, nem parece realidade.
O planeamento foi minimo. Começou com uma viagem de 5 dias a Nova Iorque no Inverno e, rapidamente se transformou numa viagem ao outro lado do mundo de 15 dias.

Quatro meses depois embarcámos os 4 amigos, sem a M. Ela seguiu no mesmo dia, no mesmo aeroporto com um destino completamente diferente: Portugal, avós, primos e o seu melhro amigo de quatro patas, que adora!

Levá-la para um destino destes nunca esteve em questão. Não que tenhamos receio de viajar com ela! As nossas primeiras férias a três foram quando ela tinha 10 meses, em Itália. Uma viagem de carro de mais de 10h, durante 10 dias a visitar o Norte: Verona, Veneza que não é bem baby-friendly!... Correu super bem e lembro-me sempre com muito carinho dessas primeiras férias!

A segunda vez, com quase dois anos, foi para Espanha. De novo 12h de carro, com dois casais de amigos com filhas. Desta vez, talvez pela excitação de estar com outras crianças, pelo facto de já andar (correr, na verdade!) as coisas complicaram-se mais um bocadinho. A energia dela non-stop esgotou-nos a todos e a minha tendência parva de a comparar as outras duas miúdas (uma com 8 anos e super sossegada, a outra com um problema grave de saúde que faz com que com 5 anos, ela para perceberainda nao ande ou fale) fez-me não aproveitar da minha filha, como ela é. Serviram que tenho que ser eu a aceitar e adaptar-me a ela, e o contrário apenas nos esgotará.

A terceira viagem (fora todas as vezes que vamos a Portugal), foi à Grécia o ano passado. Oito dias, 4 horas num avião. Mais uma vez, é uma das melhores lembranças que tenho. Fomos tão, mas tão felizes, os três.
 
Viagens com ela, é descomplicar.
Este ano ainda planeamos fazer uma viagem a três, nim destino de praia. Mas também sentimos que precisávamos de um momento para nós, como casal. Ha tres anos e meio que, à parte de algumas escapadinhas de fim-se-semana, nao partiamos numa aventura só a dois.

Foi difícil pensar em deixá-la. Não que levá-la fosse uma probabilidade porque nunca foi. Simplesmente porque não seria o melhor para nenhum dos três. Especialmente para ela que não dorme no avião (e tivemos 7+8h de ida mais 8+9h de volta, fora os voos internos!), que não se dá bem com o calor (que era insuportável!), faz alergia à picada de mosquitos, ainda tem muito medo do contacto mais directo com os animais... Não era, de todo, uma viagem que ela fosse usufruir. E foi tão feliz em Portugal, com os avós que so vê duas vezes por ano, com o primo "o seu amole", com o cão que queria trazer para na mala... Tão feliz que nem se interessava em falar com os pais ansiosos que a esperavam todos os dias no computador.

Foi difícil deixá-la mais pelo receio do julgamento alheio das pessoas próximas. Eu sabia que não era o melhor para ela, nem para nós. Ainda assim, “sofri” por achar que não seria uma boa mãe por não estar a usar todo o meu tempo livre de trabalho para ela, com ela.

Esqueci-me por momentos de que também sou mulher, também sou esposa. Eu não sou só mãe. E se viver só para ser “mãe”, mais cedo ou mais tarde as outras facetas do meu ser vão ressentir-se com a mãe que há em mim, que as desprezou. Não é egoísmo valorizarmo-nos também a nór póprios. Pelo contrário, só assim a “mãe” pode ser revigorada, energizada. Quando as outras partes que nos fazem mulher se sentirem bem. Foi isso mesmo que senti! Que voltei com mais paciência, com mais energia para competir com ela, com mais serenidade e a apreciar a “mãe” que também sou.
Senti também que ela não teve grandes saudades nossas, tão entretida que estava! Para dizer a verdade, nós tambem ultrapassamos bem as saudades, que apertavam mais o meu coraçãozinho quando a via sem poder tocar-lhe.

Um dos meus medos em tornármo-nos quatro é sentirque não vou poder usufruir destes momentos. Das férias se tornarem um pesadelo com regras e birras e discussões entre miúdos, ao invés de um carregador de bateria. De talvez não voltarmos a repetir umas férias à aventura a dois, tão cedo.

Mas foi tão bom, para os três. Será bom para os quatro também.  

E voltaremos a repeti-lo porque como diz o R. "quem fica com um, fica com dois", ou “o amor de avós também estica”.
Desta vez, desde o início sem medos de julgamentos porque a vida corre demasiado depressa para nos preocuparmos com o que dizem as pessoas na margem.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Para ti.


Estive a tentar lembrar-me assim de cabeça qual foi o último assunto neste blogue e não consegui.
Deve ser sinal que não escrevo hà pra lá duma década. Mas não faz mal. O tempo de auto-flagelo por não escrever aqui regularmente, já lá vai. Afinal, nem sempre temos vontade de ler as mesmas coisas. Nem sempre temos vontade de ver a mesma série com um enredo pesado. Às vezes queremos só ficar a ler ou ver parvoíces, num estado de pura letargia.

E apetece-me escrever quando me apetece. Hoje apetece-me. Ponto.
Apetece-me talvez porque tenha necessidade de exorcisar sentimentos e a minha melhor amiga está a meio do trabalho, a 2000km de distância. Porque a minha mãe vai ter uma opinião suspeita, ou porque a minha irmã e os meus amigos aqui não iam entender...

Ou porque a única pessoa que me ajudaria, ele, está exactamante no mesmo barco.

O tema já o abordei aqui; na minha vida. É algo como a moda: renasce e passa, para voltar depois com mais força.
Acho que poderei estar/ficar grávida. Na verdade, a minha razão diz-me que não, que estou a interpretar mal os sintomas.

Talvez o que eu queira mesmo dizer é: acho que queria muito estar grávida.
Durante muito tempo depois da Mariana nascer, há 3 anos e meio nem pensava em mais bebés! Afinal, ela veio muito antes do tempo que tinhamos determinado para começar a ter filhos (que não era nem agora), e eu achava (ainda acho) que éramos super novos e ainda tinhamos tanto pra viver antes de ficarmos "presos" na rotina e nas responsabilidades.

Foi assim? Sim. E não. Como (quase) sempre a minha expectativa e muito pior do que a minha realidade. E isso acaba por fazer que não aproveite o momento, porque estou sempre à espera de quando a minha expectativa se concretizará. Muitas vezes, nunca.
Houve alturas neste caminho em que quis desistir. Mas chegou a hora de ser sincera...

Não me apeteceu desistir por ser mesmo difícil demais, como sempre argumento.
Ou por ter não ter disponibilidade financeira, por ter horários malucos, por ter um trabalho que exigisse muito de mim ou ainda porque a miúda fosse muito difícil de aturar. Que é um furacao, é. Mas comecou a dormir uma noite seguida a partir das 4 semanas... até hoje dorme a noite toda! Entretem-se bem com qualquer coisa, acorda tarde aos fins-de-semana, regra geral leva-se bem.

Quis desistir porque sou preguiçosa. E egoísta. Somos.
E agora, ao ponderar um segundo filho, não temos dúvida se vamos conseguir gerir o tempo, se conseguimos prover para os dois ou se temos ajuda caso cheguemos ao nosso limite!

Temos dúvidas egoístas. Achamos que estamos bem, calmos, numa vida fácil e finalmente a chegar àquela altura em que podemos viajar sozinhos de novo, empenhar-nos num projecto nosso ou em ficar a tarde inteira no sofá sem pensar em horários de mamar, fazer sopas, trocar fraldas, ou se é hora de ele/ela fazer xixi.
Claro que também me assolam (e deixam o meu coração apertadinho) as dúvidas mais sérias: e se tem algum problema de saúde? Educar um neste mundo já é tão difícil, para que meter-me no problema agravado de educar DOIS, de livre vontade?

Pensamos que as despesas de mais um filho vão-nos limitar em comprar aquele baton extras, ou a moto nova que ele queria. Que já não vamos caber na roupa nova que adoramos durante algum tempo, ou ter tempo para nos aranjar (admito, sou so eu que penso nisto).
Lembramo-nos daqueles dias em que não temos nada na despensa porque não nos apeteceu ir às compras e como é tão difícil inventar alguma coisa para um, quão mais para dois!

E é isto que nos desmotiva. Coisas egoístas.
Se calhar para outros isto não é egoísmo. Pois não, não é. Mas no nosso caso, eu acho que sim. Nós queremos uma família maior. Eu não me vejo no futuro só com uma filha (apesar de não me ver agora com dois). E deixamos que estes desejos nossos, egoístas, de inércia, interfiram no futuro que queremos construir.

Queria escrever isto para mim. Se a loucura se concretizar, eu sei que estarei aqui dentro de alguns meses a arrepender-me amargamente desta decisão.
Entao, lê isto: a vida é sempre assim, um ciclo. Nem em todos os momentos vais estar feliz com as tuas escolhas ou as que a própria vida, fez por ti. Lembras-te quando tiveste a Mariana? Imaginas a tua vida sem ela? Sem os abraços apertados, os beijinhos babados, os sorrisos, as parvoíces, as tardes a duas?

Se tiveres que chorar, chora. Se tiveres que entregar os dois à tua mãe por um dia, entrega.
Mas acalma-te. É só mais uma fase. Vai passar... Aproveita porque realmente o tempo voa. Sabe que nunca um cliche fez tanto sentido!  O teu agora pode estar a afundar-se, mas lembra-te de quem sempre te puxa para cima. Não te isoles. Aceita ajuda. Aceita também que não podes controlar tudo. Nem tentes. Vai empurrando a vida com a barriga, com 4 barrigas. É assim que deve ser.

Nem tudo é perfeito. Nem tudo o que vemos é perfeito. Especialmente no mundo virtual. Desapega-te. Vive a TUA vida, não a vida que achas que devias estar a viver. Vê o positivo, o copo meio cheio. Fecha os olhos e imagina o teu futuro: as conversas, as viagens, as risadas, o companheirismo, a amizade, o amor. A 4.
Pára de pensar que és nova demais!!! Não és. Lembra-te que queres qproveitqr dos teus filhos muitos anos. Ainda queres estar presente em muitos momentos da vida deles; com vigor. A vida vive-se agora. Não deixes para amanhã. Não penses que estas a perder algo de bom. Olha bem à tua volta. O que te falta!? Lembra-te como os teus colegas te invejam. Sê sincera contigo. Tu consegues, só não sejas preguiçosa! Conhece os teus limites. Larga o telemóvel…! Mantém a vossa rotina e sai da rotina! Olha para as carinhas deles; dos três. vê ali o TEU tesouro, a tua contribuição. Talvez nunca sejam conhecidos no resto do mundo, mas serão, para sempre, o TEU mundo. Agradece.

Respira. Acalma-te. Vai passar...

terça-feira, 14 de outubro de 2014

♥ Baby Love ♥ há três anos...

3 anos, meu amor. 3 anos.

Há três anos entraste nas nossas vidas, fizeste de mim mãe e, três anos volvidos, pasmo-me com a velocidade do tempo.
Há três anos atrás pensava que ainda ia ter tempo para te ver suster a cabeça. Pensava que ia ter muito tempo para te ver gatinhar pela primeira vez. Achei que tinha tempo para correr atrás de ti, quando desses os teus primeiros passos. Que ainda havia muito tempo até ter de te pôr de castigo pela primeira vez. Que ia ter tempo mais que suficiente para te ouvir falar, dizer "papá", "mamã"... Que o tempo ia ser mais que muito para te dar beijinhos depois de caires de biciclelt pela primeira vez. Que o tempo não ia passar quando estivessemos as duas na tua caminha, enroladas no mesmo cobertor, a partilhar a mesma almofada. Que o tempo ia passar devagar quando te cantasse a tua música preferida e tu me retribuísses um olhar, tão tão carinhoso... Achei que ia ter todo o tempo do mundo para ti, só para ti.

Mas sabes, o tempo é um sacana. Não pára. Não abranda. Parece sempre estar com pressa. E eu, que não tinha pressa nenhuma que ele passasse! De repente hoje já tens 3 anos. E o tempo continua a acelerar.

Fico triste quando o tempo passa. É estranho? Ficar triste cada vez que um ano passa, que um ano da tua vida passa? Não que esse ano não tenha sido bem aproveitado! Oh se foi, meu amor! Fizémos tantas coisas, demos tantas gargalhadas, tantos passeios de bicicleta, tantas danças, tantas músicas que cantámos juntas, tantos abraços bons que me enchem o coração. Fomos, somos, tão felizes!

E ainda assim, fico triste. Porque é mais um ano que passa. Que te muda, que te faz crescer, que te torna mais independente de mim, do meu colo, dos meus abraços e beijinhos. Habitua-te que esses nunca vão faltar!

É verdade, tenho que te dizer... fico triste quando cresces. Porque eu pensei que o tempo ia ser gentil, e ia preservar a minha bebé, bebé para sempre. 

Hoje és uma menina. Crescida. Segura de si. Inteligente. Muito carinhosa. Amiga. Com um coração de ouro. Faladora. Alegre, tão as tão feliz! A melhor prenda que o imprevisto me podia ter trazido.

Já estás a caminho dos quatro anos, como disse o papá. E isso assusta-me. Mais um ano que vai passar a voar. Por isso, espera meu amor. Espera por mim! A mamã vai contigo, para fazer render o tempo.

Como sempre. Para sempre...



terça-feira, 23 de setembro de 2014

Opa, ADORO.



Adoro a nova loja... da Criméia. Ali na Rua da Ucrânia.
Verdade seja dita. Por acaso ja lá fui e tem roupa linda. Camuflados.